Para beneficiar monocultura de árvores, governo Lula prorroga uso do Imidacloprid que é mortal para as abelhas
O Imidacloprid é um inseticida da classe dos Neonicotinóides que se encontra banido na União Europeia por ser um “bee killer” (ou em bom português, assassino de abelhas). Pois bem, nesta sexta-feira (22/8), o governo Lula fez publicar o Ato nº 38, de 21 de Agosto de 2025 que oficializa a prorrogação da “autorização de uso do imidacloprid na cultura do pinus, nas modalidades “imersão/rega das bandejas de mudas” ou para aplicação através da rega das mudas após o transplante, conforme definido no Ato nº 71 de 29 de junho de 2022, até o dia 31 de agosto de 2027″. A razão para tal extensão é o combate à Cinara Atlântica, também conhecida como “pulgão-gigante-do pinus”.
Eu não me surpreenderia nem um pouco se essa extensão de prazo fosse prorrogada novamente em 2027, na medida em que avançam as monoculturas de árvores em todo o território nacional, incluindo espaços generosos para diferentes tipos de pinus.
Há que se lembrar que, por causa da proibição no continente europeu em 2018, o Brasil se tornou um dos principais desitnos desse agrotóxico que é mortal para polinizadores, especialmente as abelhas. Quem agradece a disposição brasileira de consumir Imidacloprid com toda a sede tropical é a multinacional alemã Bayer que fabrica este agrotóxico neonicotinóide. Há que se lembrar que das 13,2 mil toneladas de Imidacloprid exportadas pela Europa em 2021, o Brasil consumiu 6,272 toneladas (ou seja, quase a metade!).
Data: 22/08/25


